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A despedida II
 

Depois do “eu te amo”,
Do beijo angelical,
Gestos de adoração
Puros, olhar cândido.

 

Vacilante eu parti
Daquele quarto branco,
Levando o abandono,
Aquele adeus pálido.

 

Avenidas e ruas
Perambulei sem sentir,
Não dormindo em jardim
Porque ali pressenti.

 

Dois dias se passaram,
Veneno puro recebi!
[........................................]
A vejo sem transitar

Num grande, alto templo,
Guardada num esquife,
Coberta não por flores,
Branco véu da catedral.

 

 

São Paulo, 23.XI.2014.

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