top of page

Saudade da não existência
Inusitada cheguei da existencial jornada,
Deitei meu corpo lasso neste nosso pouso,
À viagem da mente menina fui lançada,
E entreguei-me à paz do teu carinho, Repouso!
Longe, o meu pensamento te procura,
Numa sofrida peregrinação.
Do olhar cansado pelas horas vis, posto ser noite escura,
Lágrimas deslizaram-se pelo que o cego vê, noutra visão.
Este olhar límpido do espírito imagina
Desacoutar sem olhos o teu eterno vulto,
Que a noite próxima à escura adorna
Gema de cristal engastada, quando o desacouto!
Longas estações voaram...
E em alma e carne lavraram a inquietude
Que no dia plantou
E na noite cunhou sofrida saudade!
bottom of page