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Tu és a orquídea
Ah, por favor, doçura desconhecida,
Acalmes este teu repentino esfriamento.
Mesmo quando a distância a amante deve
Mostrar o abandono calmo de irmã pura.
Sejas voluptuoso, adormeça-me com os teus afagos
Iguais aos teus suspiros, ao teu olhar que embala.
O teu sumiço brusco, este espasmo impaciente,
Não vale um só beijo, mesmo quando ele mente.
Que tu digas, ó homem da terra, em teu coração de ouro
E diante de mim, a paixão selvagem que toca o clarim!
Deixa a trombeta tocar à vontade perante o universo,
Chega tua testa à minha, tuapalavra, tua mão também.
Que tu sejas a flor que prefere climas tropicais,
Que cresce, muitas vezes, com a ajuda de uma árvore,
Pois nela se apoia para ficar mais exposta ao sol.
São Paulo, 19.VI.2014
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